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sábado, 7 de novembro de 2009

TER E VIVER A INFÂNCIA.


ARTIGO DE OPINIÃO
TER INFÂNCIA E VIVER A INFÂNCIA NA REALIDADE BRASILEIRA

     A criança há décadas atrás não era tão valorizada e estudada, mas em nossa atualidade temos um outro olhar para a criança. A preocupação com o desenvolvimento da criança de um modo global faz parte de conquistas de estudiosos, educadores e da própria sociedade.
     Portanto, com a transformação da sociedade é necessário rever conceitos e estudar em função da família e seu bem-estar, pois, sabemos que ser criança não é garantia de viver a infância. A criança deve ter e viver a infância, pois é uma fase importante, preciosa para o seu desenvolvimento global. Além do mais, a criança é um ser que não é somente o futuro, mas sim presente bem construído em função de um futuro de um povo desenvolvido e valorizado.
     Além disso, apesar de tantos debates, estudos e elaboração de leis, temos sérios problemas em relação aos direitos da criança, muitas precisam trabalhar para ajudar no orçamento familiar, e não freqüentam a escola. Sabemos que em nosso país temos alguns projetos voltados para estes fins, mas que não estão sendo suficientes, pois ainda temos crianças que tem responsabilidades de adultos, tomando conta de irmãos menores, fazendo os afazeres de casa, vendendo doces nos sinais ou em outros serviços.
     Muitos são os fatores que contribuem para que a criança viva sua infância de forma inadequada com prejuízos futuros. Segundo (TOZONI-REIS 2002, p.98) define que:
“ Essa estratégia de sobrevivência faz das famílias unidades de trabalho. Não conseguindo os adultos da família proverem o sustento de todos os seus membros, é no trabalho de todos os seus membros que se busca a composição da renda familiar necessária à sobrevivência: além do homem e da mulher, trabalham os filhos, inclusive os filhos menores e todos os outros agregados”.
“ A pobreza é a base do trabalho das crianças, além disso, a estrutura do mercado cria condições para a sua inserção, oferecendo espaços apropriados para o trabalho infantil, nas indústrias, no início do processo de industrialização, e, progressivamente no mercado informal( TOZONI-REIS, 2002 P. 99)”.
     Devemos zelar a fim de que as nossas crianças tenham realmente uma infância verdadeira, mas para isso os governantes ( a administração pública) precisam realizar projetos de ordem com planejamento significativo e contínuo, com grandes propostas que venham suprir necessidades da família, a teoria aliada a uma prática eficiente,mas sabemos que “A vida das crianças no trabalho não é recente” apareceu como condicionante da história da pobreza, citado até em contos e romances da nossa literatura brasileira.
     Quando falamos em pobreza, da infância, do abandono podemos citar um clássico da literatura “João e Maria” que pela pobreza o pai é obrigado a abandonar os filhos na floresta, é óbvio que a pobreza não justifica o abandono, mas o desespero e atos impensados podem ocasionar o abandono.
    De acordo com a conclusão de TOZONI-REIS 2002
“O trabalho e o trabalho infantil são importantes na discussão das políticas públicas e educação infantil. Se, por um lado, à sociedade brasileira, e ao Estado em particular, cabe o papel de erradicar a exploração, em seu filosófico, é articulador das relações sociais, portanto,, tem de ser incorporado pela escola, inclusive nos conteúdos de ensino. O trabalho princípio educativo ultrapassa a idéia ideologizada do trabalho como atividade econômica ou mecanismo de ascensão social, mas diz respeito à atividade humana vital, essencial, o trabalho como ação dos sujeitos no meio natural e social, que humaniza ou aliena, que constrói ou destrói a plenitude humana (pp. 107 e 108)”Para tanto é necessário respeitar os direitos das nossas crianças para que as mesmas vivam intensamente suas vidas e possam conquistar sempre o melhor.
     É fundamental que as crianças tenham e vivam a infância de forma adequada, para sejam felizes e que construam um conhecimento bom para a vida com significado. A infância brasileira de muitas crianças é muito difícil, mas o pensamento e as ações positivas vão mudar este quadro e neste século XXI teremos muitos enfrentamentos, políticas em prol da criança.



BIBLIOGRAFIA


TOZONI-REIS, Marília Freitas de campos. Infância, escola e pobreza: ficção e realidade-Campinas, SP: Autores Associados. 2002

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